Se vais estagiar para o Porto, deixamos-te dicas quanto ao custo de vida, transportes públicos, restaurantes e bares ou locais tranquilos para estudar/ ler um livro.
Joana Cunha Reis, tem 28 anos, é natural de Santa Maria da Feira (concelho de Aveiro) atualmente é advogada associada na TELLES, vive no Porto desde Novembro de 2013. O seu percurso académico fez-se por Coimbra onde se licenciou e concluiu o Mestrado pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.
Olá,
Iniciei o meu estágio de advocacia no Porto, em meados de 2009. Foi nesta altura que tive o meu primeiro contacto com a, uma vez que me mudei para cá. Decidi que queria estagiar nesta cidade por vários motivos, que passo a expor.
Em primeiro lugar, porque o mercado de trabalho de Santa Maria de Feira e de Coimbra, cidades onde já tinha vivido, não se apresentavam como aliciantes. O de Lisboa, por sua vez, muito embora fosse atractivo, era, a meu ver, demasiado massificado e impessoal. O do Porto era, em resumo, o que reunia todos os meus requisitos: idealmente desenvolvimento, suficientemente pessoal e muito acolhedor. Um local onde eu poderia desenvolver as minhas capacidades, crescer profissionalmente, sem tornar a minha actividade meramente funcional e descaracterizada.
Em segundo lugar, estagiar no Porto permitir-me-ia viver numa cidade onde ainda é possível manter um elevado nível de qualidade de vida. Isto é, sem abdicarmos da nossa vida e de nós mesmos. Com efeito, no Porto é bastante usual nos deslocarmos para o escritório no nosso próprio carro, termos um lugar de estacionamento e não perdermos grandes horas em filas de trânsito (dependendo, naturalmente, das horas em que circulamos). Isto permite-nos, por exemplo, frequentar o ginásio logo pela manhã ou mesmo na hora de almoço, ir almoçar a casa ou até nos juntarmos com os colegas e amigos ao final do dia.
Além disso, a cidade sendo relativamente pequena, permite que estejamos perto de tudo o que necessitamos. Estamos perto dos tribunais, das conservatórias, das finanças e dos clientes. Facilmente, em 15 minutos, nos colocamos no destino pretendido, o que, em termos de trabalho, constitui uma mais-valia preciosa.
Em terceiro lugar, existe também a perspectiva pessoal da opção que tomei. O Porto é, como todos sabem, uma cidade simpática, viva e hospitaleira. Facilmente nos integramos e as pessoas conhecem-se umas às outras. O convívio é uma constante: ao almoço, ao fim de um dia de trabalho e, evidentemente, ao fim-de-semana. Existem locais absolutamente fantásticos na cidade, desde restaurantes a bares (Baixa do Porto, Mercado do Bom Sucesso, zona das praias), lojas (Santa Catarina, Avenida dos Aliados, centros comerciais e a zona do Aviz), monumentos (museus, Torre dos Clérigos e a zona da Ribeira) e até as praias (Foz do Douro). No inverno ou no verão, há uma panóplia infindável de eventos, desde a música, à arte, passando pelos vinhos ou até mesmo pelas actividades ao ar livre.
Por fim, e em quarto lugar, existe, ainda, uma outra vantagem no Porto relacionada com o custo de vida. É bastante usual almoçarmos pelo preço de €8,00/10,00, assim como jantarmos bem pela quantia de €20,00/25,00. A rede de táxis é eficiente e acessível.
Por tudo isto, é inevitável não nos sentirmos em casa nesta cidade. Facilmente a adoptamos como a nossa cidade, para não mais dela querer partir. Foi o que me aconteceu! Considero aqui encontrar tudo aquilo que necessito, quer neste momento da vida, quer futuramente.
Desejo-te boa sorte!
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